Uma Visão Geral da Espondilite Psoriática
A espondilite psoriática (também conhecida como doença axial) é um tipo de artrite psoriática (APs) onde a inflamação afeta a coluna e causa problemas de movimento no pescoço, na região lombar, na pelve e nas articulações sacroilíacas (SI).
Esse tipo de APs também pode causar dores nas articulações dos braços, pernas, mãos e pés.
Sintomas
Uma pesquisa descobriu que até 40% das pessoas com APs têm envolvimento da coluna vertebral.
O envolvimento da coluna geralmente significa haver inflamação da coluna e das articulações SI que a suportam, que estão localizadas na pelve.
As próprias articulações são sustentadas pelos ossos do ílio (ossos superiores e maiores dos quadris) da pelve.
A espondilite psoriática costuma ser assimétrica, o que significa que afeta apenas um lado do corpo. O envolvimento da coluna vertebral causa dor lombar inflamatória e a inflamação pode ser observada em estudos de imagem, incluindo ressonância magnética (MRI) e raio-X.
Os sintomas de espondilite psoriática podem incluir:
- Dor nas costas
- Dor e inchaço em outras articulações (incluindo quadris, joelhos, ombros, tornozelos, pés, cotovelos, mãos e pulsos).
- Dactilite (o inchaço semelhante a uma salsicha nos dedos dos pés e das mãos).
- Amplitude de movimento reduzida da região lombar, coluna e pélvis.
- Psoríase
- Fadiga crônica
- Osteoporose
- Endocardite (inflamação da válvula cardíaca)
- Uveíte (inflamação da parte pigmentada do olho)
Causas
A APs da coluna vertebral compartilha semelhanças com a espondilite anquilosante, outro tipo de artrite inflamatória que afeta principalmente a coluna vertebral e as grandes articulações.
Ambas as condições são doenças autoimunes causadas pela mutação do gene do antígeno leucocitário humano B27 (HLA-B27). HLA-B27 é o gene que predispõe as pessoas a várias doenças autoimunes.
Existem outros genes associados ao APs, mas o HLA-B27 é o maior preditor dessa condição, de acordo com um estudo. Mas nem todas as pessoas com esse gene desenvolverão APs.
Outros fatores de risco incluem:
História familiar: muitas pessoas com APs têm outro membro da família com a doença, geralmente um pai ou irmão. Na verdade, se ambos os pais têm artrite psoriática, você tem 50/50 de chance de contraí-la.
Idade: embora a APs possa afetar qualquer pessoa de qualquer idade, novos diagnósticos tendem a aparecer em adultos entre 30 e 50 anos.
Obesidade: a obesidade aumenta o nível de inflamação no corpo. Embora isso certamente aumente a gravidade da doença psoriásica em pessoas que a têm, também há evidências de que aumenta o risco de desenvolver a doença em primeiro lugar.
Estresse: sabe-se que o estresse desencadeia os sintomas da artrite psoriática. O envolvimento em técnicas de relaxamento, como massagem, ioga e meditação, pode ajudar.
Diagnóstico
O diagnóstico de espondilite psoriática começa com um exame físico e uma revisão de seu histórico médico. O médico pode solicitar radiografias ou uma ressonância magnética da coluna vertebral.
Os raios-X geralmente procuram anormalidades na coluna e nas articulações sacroilíacas. Uma ressonância magnética (ressonância magnética) pode oferecer uma visão mais detalhada das articulações.
O exame de sangue pode determinar se alguém é portador do gene HLA-B27. A presença desse gene, com imagens e sintomas, geralmente confirma o diagnóstico.
É importante observar que nenhum exame de sangue ou de imagem pode diagnosticar definitivamente a artrite psoriática.
O diagnóstico requer experiência clínica e a exclusão de todas as outras causas possíveis dos sintomas.
Outras condições médicas que mimetizam a artrite psoriática inclui; osteoartrite, gota, artrite reumatoide e artrite reativa. É vital que um diagnóstico diferencial seja realizado para garantir que o tratamento correto, seja utilizado.
Tratamento
Dor leve, rigidez e outros sintomas da espondilite psoriática podem ser tratados com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
Isso inclui AINEs de venda livre, como Advil (ibuprofeno) e Aleve (naproxeno), e AINEs de prescrição, como Celebrex (celecoxibe).
Além disso, os corticosteroides podem ajudar a diminuir a inflamação e reduzir a dor. Alguns estão disponíveis em forma de comprimido ou creme e podem ser prescritos por um médico.
Outros estão disponíveis na forma de injeção e só podem ser administrados por um médico.
Para a doença moderada a grave, o tratamento visa aliviar a inflamação e a dor, prevenir a deformidade das articulações e interromper a progressão da doença.
Isso inclui o uso de medicamentos antirreumáticos modificadores da doença (DMARDs), como o metotrexato, ou medicamentos biológicos, como o Cosentyx (secukinumab).
Outros produtos biológicos incluem inibidores do fator de necrose tumoral (TNF) como Humira (adalimumab) e Enbrel (etanercept), que bloqueiam a substância que instiga a resposta inflamatória.
A fisioterapia e a terapia ocupacional também são recomendadas para proteger as articulações e manter a amplitude de movimento ideal. Mudanças no estilo de vida também podem ajudar, incluindo:
Exercício: O alongamento pode evitar que a coluna fique rígida e entre em uma curvatura permanente (conhecida como cifose). Os exercícios também podem reduzir o estresse que provoca um surto psoriático.
Parar de fumar: fumar pode causar lesões nas articulações da coluna vertebral. Parar de fumar pode retardar a progressão da doença, mesmo se você for fumante ao longo da vida.
Postura melhorada: a dor faz a pessoa querer se curvar, causando mais tensão na coluna. Praticar uma boa postura pode evitar que a coluna fique permanentemente caída.
Perda de peso: carregar o excesso de peso invariavelmente afeta sua postura. Um plano de perda de peso informado, com exercícios de rotina, pode ajudar a aliviar o estresse na coluna, melhorando os níveis de energia e reduzindo a inflamação.
Conclusão
Viver com espondilite psoriática pode ser estressante, por isso é importante seguir as etapas necessárias para controlar os sintomas e manter uma boa qualidade de vida.
Por ser proativo, você pode retardar a progressão da doença e evitar tratamentos que normalmente são mais difíceis de gerenciar.
É importante buscar o apoio de amigos, familiares e profissionais médicos. Considere também ingressar em um grupo de apoio para se conectar com outras pessoas.
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