O que é ileocolite?

Ileocolite é a inflamação do final do intestino delgado (íleo) e de uma parte do intestino grosso (cólon). É o tipo mais comum de doença de Crohn, que faz parte de um grupo de condições conhecidas como doença inflamatória intestinal (DII).

A ileocolite é uma doença crônica, o que significa que persiste por um longo período de tempo. Atualmente, não há cura para a ileocolite ou para a doença de Crohn. Na maioria das vezes surge gradualmente e piora com o tempo.

Outros tipos de doença de Crohn

Outros tipos de doença de Crohn incluem:

Ileíte: inflamação apenas da última seção do intestino delgado (íleo)
Crohn gastroduodenal: inflamação do estômago e início do intestino delgado (duodeno).
Jejunoileíte: inflamação da seção média do intestino delgado (jejuno)
Colite de Crohn (granulomatosa): inflamação apenas do intestino grosso (cólon).

Sintomas de Ileocolite.

Os sintomas de ileocolite podem variar com o tempo. Você pode sentir sintomas diariamente, ou pode passar semanas, ou anos sem nenhum sintoma, o que é chamado de remissão.

Causas

A causa exata da ileocolite e outros tipos de doença de Crohn é desconhecida. No entanto, os profissionais de saúde acreditam que há algumas coisas que podem ter uma função. Estes incluem:

Reação autoimune: quando seu sistema imunológico ataca por engano células saudáveis em seu corpo, pode causar inflamação e levar ao desenvolvimento da doença de Crohn.

História familiar: se você tiver um membro imediato da família (pai ou irmão) com doença de Crohn, pode ser mais provável que você desenvolva sintomas.

Tabagismo: Fumar pode dobrar o risco de desenvolver a doença de Crohn.

Certos medicamentos: tomar certos medicamentos pode aumentar ligeiramente o risco de desenvolver a doença de Crohn. Isso inclui alguns antibióticos, pílulas anticoncepcionais e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como aspirina ou ibuprofeno.

Dieta: Uma dieta rica em gordura também pode aumentar ligeiramente o risco de doença de Crohn.

Diagnóstico

Para ter uma ideia de sua saúde geral, seu médico provavelmente começará perguntando sobre sua saúde geral, histórico médico e seus sintomas.

Eles também podem realizar um exame físico, exames de sangue ou pedir uma amostra de fezes. Isso pode ajudar a descartar outras causas possíveis para seus sintomas, como infecções bacterianas ou virais.

Se o seu médico suspeitar de qualquer forma da doença de Crohn, ele provavelmente, também desejará examinar o interior do seu trato gastrointestinal (GI) fazendo uma endoscopia intestinal. Isso envolve a inserção de um tubo com uma câmera através do ânus ou da boca.

Outros exames para os quais seu médico pode encaminhá-lo incluem a obtenção de raios-X e outras imagens de seu trato gastrointestinal por meio da realização de uma série GI superior ou de uma tomografia computadorizada (TC).

Tratamento

Os tratamentos para a ileocolite incluem medicamentos, mudanças na dieta, repouso intestinal e cirurgia. O tratamento pode diferir de uma pessoa para outra com ileocolite.

Os principais objetivos do tratamento são diminuir a inflamação nos intestinos, reduzir os sintomas, prevenir surtos e mantê-lo em remissão.

Remédios

Os medicamentos mais comuns para a ileocolite e outras formas da doença de Crohn são os anti-inflamatórios, como os 5-aminossalicilatos (5-ASAs) orais e os corticosteroides. Eles atuam na redução da inflamação no trato gastrointestinal.

Os médicos costumam prescrever 5-aminossalicilatos para pessoas com diagnóstico recente de ileocolite e cujos sintomas são leves.

Os corticosteroides são outro medicamento comum para ileocolite. Eles são geralmente usados apenas como um tratamento de curto prazo porque existem muitos efeitos colaterais possíveis, como náusea, azia, ganho de peso e aumento do risco de osteoporose, diabete e hipertensão.

Outros medicamentos comuns para ileocolite são imunomoduladores ou supressores do sistema imunológico. 4 Eles ajudam a reduzir a inflamação no trato digestivo, diminuindo a atividade do sistema imunológico. Eles podem levar de várias semanas a três meses para começar a trabalhar.

Imunomoduladores pode ter efeitos colaterais graves, portanto, seu médico pode prescrevê-los apenas se você tiver ileocolite grave e não estiver respondendo a outros tratamentos.

Terapias biológicas, como infliximabe, são outra opção se você não responder bem a outros tratamentos. Eles neutralizam as proteínas produzidas pelo sistema imunológico para ajudar a diminuir a inflamação no trato gastrointestinal.

Os efeitos colaterais das terapias biológicas incluem uma reação tóxica ao medicamento e uma maior chance de desenvolver infecções.

Mudanças na dieta.

Embora a ileocolite possa não ser o resultado de sua dieta, mudar o que você come pode ajudar a reduzir os sintomas. Manter um diário alimentar pode ser útil para identificar alimentos específicos a serem evitados durante uma crise.

Em geral, seu médico ou nutricionista pode recomendar que você faça mudanças em sua dieta, especialmente durante os períodos de crises, como:

Evite bebidas carbonatadas.
Reduza alimentos ricos em fibras, como pipoca, cascas de vegetais, nozes e sementes.
Beba muita água durante todo o dia.
Coma refeições menores.
Evite alimentos picantes.
Limite os produtos lácteos se você for intolerante à lactose.

Em geral, durante os períodos de remissão, sua dieta pode permanecer flexível e deve incluir uma variedade de alimentos de todos os grupos alimentares para manter uma boa nutrição.

Se você estiver tendo dificuldade para identificar qualquer alimento desencadeador, sua dieta se tornou muito limitada ou você está perdendo peso sem tentar, consulte um nutricionista registrado.

Descanso intestinal.

Se você estiver apresentando sintomas graves sem alívio de outros tratamentos, seu médico pode prescrever repouso intestinal. Isso envolve beber apenas alguns líquidos ou não comer, ou beber nada por alguns dias.

O repouso intestinal pode ser feito em casa, mas às vezes é feito no hospital, enquanto você recebe nutrição por meio de um tubo de alimentação ou intravenoso. Geralmente, os sintomas diminuirão à medida que o trato digestivo for curado com o repouso intestinal.

Cirurgia

Embora a cirurgia não cure a ileocolite ou a doença de Crohn, ela pode preservar partes do intestino e, ao mesmo tempo, proporcionar uma melhor qualidade de vida.

Um estudo de 2012 descobriu que 60% das pessoas com doença de Crohn foram operadas em algum momento durante 20 anos com a doença. No entanto, um estudo de 2021 descobriu que a taxa de cirurgia tem diminuído significativamente.

Se você não está respondendo a medicamentos ou mudanças na dieta e os sintomas de ileocolite estão afetando gravemente sua qualidade de vida, você pode ser candidato à cirurgia.

Você também pode precisar de cirurgia se desenvolver alguma complicação, como fístula (conexão anormal entre duas cavidades corporais), fissura, obstrução intestinal ou sangramento com risco de vida.

Existem diferentes tipos de cirurgia usados para tratar a doença de Crohn. No entanto, muitas vezes envolve a remoção do segmento doente do intestino (ressecção) e, em seguida, a junção das duas extremidades do intestino saudável (anastomose).

Embora a cirurgia possa colocá-lo em remissão por muitos anos, a doença de Crohn pode retornar mais tarde na vida.

Prognóstico

Não há cura conhecida para a ileocolite ou para a doença de Crohn. É uma condição crônica, embora os sintomas possam variar com o tempo e você possa estar em remissão por vários anos seguidos.

Às vezes, você pode ter crises que causam sintomas mais graves e afetam muito sua qualidade de vida. No entanto, com tratamento adequado, a maioria das pessoas consegue levar uma vida produtiva.

Lidar

Os sintomas da ileocolite podem afetar sua qualidade de vida, bem como seus relacionamentos e vida profissional. No entanto, conversar e buscar apoio de familiares, amigos, terapeutas e outros profissionais de saúde pode ajudar.

Outras estratégias de enfrentamento incluem aprender sobre sua doença, resolução de problemas e reavaliação positiva de experiências desagradáveis ou estressantes.

Além disso, você pode melhorar sua qualidade de vida e reduzir os sintomas e complicações seguindo seu plano de tratamento, evitando possíveis fatores desencadeantes e fazendo exames regulares de saúde.

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