Como sobreviver à doença de Crohn: causas, sintomas, tratamento e complicações
A doença de Crohn é uma condição inflamatória crônica do trato gastrointestinal que pode afetar qualquer parte do sistema digestivo, desde a boca até o ânus.
Aqui estão alguns fatos sobre a doença de Crohn:
Causa: A causa exata da doença de Crohn ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos.
Pessoas com a doença de Crohn têm um sistema imunológico que ataca erroneamente as células saudáveis do trato gastrointestinal, causando inflamação e danos aos tecidos.
Fatores de risco: Alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença de Crohn incluem histórico familiar da doença, tabagismo, uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), estresse, dieta pobre em fibras e estilo de vida sedentário.
Frequência: A doença de Crohn é relativamente rara, afetando cerca de 1 em cada 1.000 pessoas. É mais comum em pessoas com idades entre 15 e 35 anos, mas também pode afetar pessoas mais velhas. A doença de Crohn afeta homens e mulheres igualmente.
O que é a doença de Crohn?
A doença de Crohn é uma condição inflamatória crônica do trato gastrointestinal que pode afetar qualquer parte do sistema digestivo, desde a boca até o ânus.
Ela é caracterizada por episódios recorrentes de inflamação e danos aos tecidos do trato gastrointestinal, resultando em sintomas como dor abdominal, diarreia, perda de peso, fadiga e anemia.
A doença de Crohn é uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente as células saudáveis do trato gastrointestinal, causando inflamação crônica e danos aos tecidos.
Embora a causa exata da doença de Crohn ainda não seja conhecida, acredita-se que fatores genéticos, ambientais e imunológicos estejam envolvidos no desenvolvimento da doença.
Embora não haja cura para a doença de Crohn, o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e prevenir complicações. O tratamento pode incluir medicamentos, terapia nutricional, cirurgia e mudanças no estilo de vida, como evitar alimentos que desencadeiem os sintomas e praticar exercícios físicos regularmente.
Sintomas:
Os sintomas da doença de Crohn podem variar dependendo da localização e gravidade da inflamação no trato gastrointestinal. Aqui estão alguns sintomas comuns da doença de Crohn:
- Dor abdominal: dor ou cólicas abdominais, especialmente após as refeições.
- Diarreia: diarreia persistente ou frequente, às vezes com sangue ou muco.
- Perda de peso: perda de peso inexplicável ou dificuldade em ganhar peso.
- Fadiga: sensação de cansaço ou fraqueza, mesmo após o repouso.
- Anemia: níveis baixos de glóbulos vermelhos no sangue, causando fadiga, tonturas e falta de ar.
- Fezes urgentes: necessidade urgente de defecar.
- Náusea e vômito: náusea ou vômito, especialmente após as refeições.
- Úlceras na boca: feridas dolorosas na boca ou nos lábios.
- Inchaço: inchaço abdominal ou sensação de plenitude.
- Febre: febre baixa a moderada em alguns casos.
É importante notar que a gravidade e a frequência dos sintomas podem variar de pessoa para pessoa e mudar ao longo do tempo.
Algumas pessoas com doença de Crohn podem ter períodos de remissão, em que os sintomas diminuem ou desaparecem completamente, enquanto outras podem ter sintomas constantes.
Se você apresentar alguns desses sintomas, é importante procurar um médico para avaliação e diagnóstico.
Quais as causas da doença de Crohn?
A causa exata da doença de Crohn ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Aqui estão algumas das possíveis causas da doença de Crohn:
Fatores genéticos: estudos mostraram que pessoas com parentes de primeiro grau com a doença de Crohn têm um risco aumentado de desenvolvê-la. Vários genes foram identificados como possíveis fatores de risco para a doença de Crohn.
Fatores ambientais: acredita-se que a exposição a certos vírus, bactérias ou outras substâncias ambientais possa desencadear a doença de Crohn em pessoas com predisposição genética. Fumar tabaco também é um fator de risco conhecido para a doença de Crohn.
Fatores imunológicos: acredita-se que a doença de Crohn seja uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente as células saudáveis do trato gastrointestinal, causando inflamação crônica e danos aos tecidos.
Fatores alimentares: embora a dieta não seja considerada uma causa direta da doença de Crohn, certos alimentos e bebidas podem piorar os sintomas em algumas pessoas. Alimentos ricos em fibras, produtos lácteos e alimentos fritos ou gordurosos podem ser particularmente problemáticos.
Em resumo, acredita-se que a doença de Crohn seja causada por uma combinação complexa de fatores genéticos, ambientais e imunológicos. O papel de cada um desses fatores pode variar de pessoa para pessoa.
Fatores de risco da doença de Crohn?
Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento da doença de Crohn. Aqui estão alguns dos fatores mais comuns:
Histórico familiar: ter um parente de primeiro grau com doença de Crohn aumenta o risco de desenvolver a doença.
Idade: a doença de Crohn pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas com idade entre 15 e 35 anos.
Tabagismo: fumar aumenta o risco de desenvolver a doença de Crohn e também piora os sintomas em pessoas que já têm a doença.
Gênero: a doença de Crohn é um pouco mais comum em mulheres do que em homens.
Etnia: pessoas de ascendência judaica têm um risco ligeiramente maior de desenvolver a doença de Crohn.
Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): o uso prolongado de AINEs, como ibuprofeno e naproxeno, pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Crohn.
Ambiente: a exposição a certos vírus, bactérias ou outras substâncias ambientais pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Crohn em pessoas com predisposição genética.
Dieta: embora não seja um fator de risco direto, uma dieta rica em gordura e açúcar e pobre em fibras pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Crohn ou piorar os sintomas em pessoas que já têm a doença.
É importante notar que ter um ou mais fatores de risco não significa necessariamente que você desenvolverá a doença de Crohn. No entanto, se você apresentar sintomas da doença de Crohn ou tiver um histórico familiar da doença, é importante discutir seus riscos e preocupações com um médico.
A prevalência da doença de Crohn varia de acordo com a região do mundo. Em geral, a doença é mais comum em países industrializados, especialmente na América do Norte e Europa Ocidental.
No entanto, a incidência da doença está aumentando em outras partes do mundo, como Ásia e América Latina.
Segundo estimativas recentes, a doença de Crohn afeta cerca de 1,6 milhão de pessoas na Europa e cerca de 1,3 milhão de pessoas nos Estados Unidos. No Brasil, a prevalência da doença de Crohn é estimada em cerca de 5 a 20 casos por 100.000 habitantes.
A doença de Crohn pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em pessoas com idade entre 15 e 35 anos. A doença também afeta igualmente homens e mulheres.
É importante notar que as estatísticas de prevalência podem ser imprecisas, pois a doença de Crohn muitas vezes é subdiagnosticada ou mal diagnosticada.
Além disso, a doença pode ter diferentes graus de gravidade e pode afetar as pessoas de maneiras diferentes, o que pode tornar o diagnóstico e a estimativa da prevalência mais desafiadores.
Diferença entre doença de Crohn e colite ulcerosa
A doença de Crohn e a colite ulcerosa são duas doenças inflamatórias intestinais (DII) que afetam o trato gastrointestinal, mas têm algumas diferenças importantes.
A doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus, e pode afetar camadas mais profundas do intestino, incluindo a parede intestinal.
A inflamação pode aparecer em áreas isoladas e pode causar áreas de úlceras, cicatrizes e estenoses (estreitamentos).
Já a colite ulcerosa afeta apenas o cólon (intestino grosso) e o reto, e afeta apenas a camada superficial do revestimento intestinal, causando inflamação contínua e feridas ou úlceras na superfície do cólon.
Os sintomas também podem ser diferentes. A doença de Crohn pode causar dor abdominal, diarreia, perda de peso e fadiga, além de complicações como abscessos e fístulas.
A colite ulcerosa pode causar diarreia, sangramento retal, cólicas abdominais e urgência para evacuar.
O tratamento para ambas as doenças pode incluir medicamentos, dieta e cirurgia, dependendo da gravidade e extensão da doença.
No entanto, as opções de tratamento podem variar, já que as duas doenças têm diferentes localizações e padrões de inflamação.
Complicações da doença de Crohn
A doença de Crohn é uma condição inflamatória crônica que pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. Além dos sintomas comuns, como dor abdominal, diarreia e perda de peso, a doença de Crohn pode levar a várias complicações, incluindo:
Estenoses: o acúmulo de tecido cicatricial pode estreitar o intestino, dificultando a passagem de alimentos e causando obstruções.
Abscessos: as áreas inflamadas podem formar bolsas de pus que precisam ser drenadas.
Fístulas: a inflamação pode causar a formação de túneis anormais que conectam órgãos ou tecidos que normalmente não se conectariam.
Perda de absorção de nutrientes: o intestino afetado pela doença de Crohn pode não ser capaz de absorver adequadamente nutrientes importantes, levando à desnutrição.
Anemia: a inflamação crônica pode levar a uma redução dos glóbulos vermelhos no sangue, causando anemia.
Câncer: o risco de desenvolver câncer de cólon e reto é aumentado em pessoas com doença de Crohn.
Complicações relacionadas a medicamentos: os medicamentos utilizados para tratar a doença de Crohn podem ter efeitos colaterais, como infecções, aumento do risco de câncer, efeitos cardíacos e efeitos colaterais neurológicos.
É importante o acompanhamento médico regular e o tratamento adequado para ajudar a prevenir e gerenciar as complicações da doença de Crohn.
Diagnóstico
Para diagnosticar a doença de Crohn, o médico geralmente pergunta sobre os sintomas, histórico médico e histórico familiar. Você pode então examinar o abdômen para verificar se há inchaço e inflamação.
Os médicos também podem precisar solicitar alguns outros exames para ajudar no diagnóstico. Esses testes podem incluir:
Exames de sangue. Um profissional de saúde coletará uma pequena amostra de sangue e testará sinais de inflamação, anemia e outras condições.
Análise de fezes. Uma pessoa é obrigada a fornecer uma amostra de suas fezes em um recipiente especial. Os médicos usam essas amostras para verificar outras condições que podem causar problemas digestivos.
Endoscopia. Um endoscópio é um tubo fino e flexível com uma luz e uma câmera na extremidade. O médico usa essa ferramenta para verificar o interior do trato digestivo em busca de sinais de inflamação, seja inserindo-o na garganta de uma pessoa ou através do ânus.
Exames de imagem. Estes criam imagens do interior do corpo de uma pessoa e podem incluir raios-x, ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas. O médico pode usar as imagens para identificar e avaliar a gravidade da inflamação no trato digestivo.
Tratamento
Atualmente, não há cura para pessoas com doença de Crohn ou doença inflamatória intestinal. No entanto, os tratamentos podem ajudar:
- buscar e manter a remissão
- reduzir a inflamação
- prevenir qualquer dano aos intestinos
- pare os surtos antes que eles aconteçam
Os medicamentos prescritos pelo médico dependem do tipo e gravidade dos sintomas de uma pessoa e de como a doença de Crohn responde a outros tratamentos.
Os medicamentos para a doença de Crohn podem incluir:
- aminossalicilatos
- medicamentos esteroides
- imunomoduladores
- terapias com medicamentos biológicos
- antibióticos
- antidiarreico
Esses medicamentos podem ajudar a reduzir a inflamação, limitar a resposta imune, aliviar os sintomas e tratar infecções.
Os médicos também podem sugerir mudanças na dieta e o uso de suplementos nutricionais para aliviar ou prevenir os sintomas.
Quando ocorrem complicações ou os sintomas não respondem aos medicamentos, uma pessoa pode precisar de cirurgia.
A pesquisa sugere que quase 60% das pessoas precisarão de cirurgia dentro de 20 anos após o diagnóstico da doença de Crohn.